Quando o Exercício Causa Depressão

Já estamos fartinhos de saber que o exercício é fundamental para a nossa saúde. Inúmeros estudos o comprovam e a ciência continua avançando a passos largos com outros novos benefícios e métodos igualmente eficazes para o nosso bem estar físico e mental.


No entanto, apesar de tanta informação, o exercício ainda é visto por muitos como um meio para atingir a silhueta perfeita, uma forma de moldar o corpo, de tonificar, de lhe dar músculo, de emagrecer. Esta “cultura” do corpo é recente e apesar de todos sabermos dos seus benefícios a nível respiratório, cardiovascular, hormonal, cerebral, mental, emocional, o Homem ainda o exercita para promover a sua estética, não a saúde.


Existe muito a percepção de que ser saudável é exibir um corpo tonificado e delineado. Poderíamos atribuir culpas à sociedade, aos media, às redes sociais, à tecnologia, mas a culpa é de todos nós. Nós somos a cultura e a sociedade. Somos nós que alimentamos esta visão distorcida de corpo perfeito.


Então, começa a assistir-se ao “reverso da medalha”, e o exercício, o extralibris e um dos pilares fundamentais na prevenção da doença, torna-se no vilão. E o querer ter aquele corpinho perfeito para os outros verem, leva a alguns efeitos colaterais.

São poucos os casos, mas os suficientes para que se possam testemunhar sintomas de excesso de exercício físico. Entre eles encontramos*:

· Mudanças de humor tais como depressão, confusão, ansiedade, irritabilidade e raiva. As mesmas hormonas que libertamos quando estamos emocionalmente “stressados” são igualmente libertadas quando estamos fisicamente exaustos.

· Dificuldade de recuperação. Quando as chamadas dores musculares são persistentes e constantes e duram dias, é um sinal vermelho e um alerta de que tem de abrandar ou até mesmo parar.

· Insónias. Estar num estado de exaustão leva a alterações do sono e em vez de conseguir descansar o melhor que consegue é ficar acordado toda a noite ou ter dificuldades em adormecer.

· Diminuição de desempenho. Se faz exercício para competir, este sintoma é um dos primeiros a se manifestar, especialmente em atividades de endurance como corrida, natação e ciclismo.

· Ganho de gordura. Segundo alguns especialistas, o corpo que responde ao stress de forma prolongada, liberta as hormonas do “stress”, incluindo cortisol, o que faz com que haja um aumento de armazenamento de tecido adipócito, assim como inibição de outras hormonas responsáveis pelo aumento de massa muscular levando a uma ineficácia de produção energética proveniente da gordura.

· entre outros como desinteresse pelo próprio exercício, fadiga física e mental, diminuição de apetite e fraqueza do sistema imunitário.

*Fonte: World Report U.S. News


Afinal, DEVO ou NÃO FAZER EXERCÍCIO?


Claro que SIM, pelas razões certas e sempre de forma equilibrada e controlada.


Sugiro que consulte um técnico especialista ou um profissional do exercício antes de iniciar uma rotina de treino e reveja periodicamente os seus objetivos. O segredo é manter-se ativo/a!


Um Bem Haja!

Luís Barbudo

Luís Barbudo

Professor e Instrutor de Mente & Corpo há mais de duas décadas.

Licenciado em Educação Física. Mestrado em Mindfulness e Inteligência Emocional. Co-Fundador LS Trust.

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